terça-feira, 30 de junho de 2015

Vivendo a máxima “menos é mais”: armário-cápsula, economias e desapego

Postado por Camila Mumic às 19:51
Eu sempre acreditei que as pessoas não precisam de muitas coisas pra viver. Eu, quando era adolescente, me imaginava vivendo com uma mochila nas costas, uma geladeira, um fogão, uma cama e meu computador. De fato, eu vivi mais ou menos assim por todo o tempo em que passei na faculdade e morando sozinha, então não sei muito bem quando foi que eu comecei a acumular coisas totalmente desnecessárias na minha casa.

Esses dias eu estava lendo um blog que eu gosto bastante, o Teoria Criativa, e vi que a autora está empolgada com um projeto de armário-cápsula. Eu também não fazia ideia do que era isso, então explico: armário-cápsula consiste, basicamente, na ideia de ter um número limitado de peças de roupa e de sapatos pra usar durante determinado período. Então, por exemplo, aqui no Brasil você poderia ter um armário cápsula para o inverno e outro para o verão, ou um armário a cada seis meses, e assim por diante. Você define o período e o número de peças, que necessariamente devem combinar entre si, sempre seguindo a máxima “menos é mais”.

Exemplo de armário-cápsula. Foto por Outfitposts.com

Eu achei essa ideia bem interessante por dois motivos: primeiro, porque sempre tive dificuldade em escolher roupas. Eu tinha no armário as roupas que eu amava e usava toda hora e as que eu nunca usava. Em segundo lugar, porque me fez perceber a quantidade absurda de roupa que eu tinha e que não usava. Eu assumo que ainda não tive tempo pra analisar o que vai ou não fazer parte do meu armário-cápsula, mas eu já separei mais de dois terços de tudo o que eu tinha no armário pra doar. Isso sem contar o que resolvi descartar por estar em mau estado. Então eu posso dizer que as mudanças na minha vida já começaram aí!

Isso coincide com uma fase muito curiosa pela qual estou passando. Eu defini algumas prioridades e, para conseguir colocar em prática todos os meus planos, estou economizando mais. Isso quer dizer que eu tive que rever os meus gastos e perceber no que eu poderia e não poderia economizar. Ao mesmo tempo em que percebi que eu e o Marcus somos pessoas de gostos muito simples, eu notei quantos gastos inúteis eu tinha sem nem mesmo refletir sobre eles. Por exemplo, eu pagava a mensalidade do Spotify pra usar uma ou duas vezes no mês. Eu comprava esmalte toda semana e eu tenho uma caixa inteira de esmaltes cheios em casa. Parece pouca coisa, mas estou percebendo que se você economiza com as coisas bobas um bom dinheiro acaba indo para o cofrinho. Eu parei de focar nas coisas e passei a focar nos momentos. E agora eu vou te contar um segredo que nem a televisão e nem a internet querem que você saiba: bons momentos custam muito menos do que boas coisas.

Isso tudo está me fazendo notar o quanto é fácil se desapegar do que é material. Eu sempre me vi como uma pessoa emocionalmente apegada a tudo e a todos, então achava que todo esse processo seria muito mais doloroso. Adivinha? Não é. Não é nada difícil se livrar do que é inútil, e esse processo de aprendizado está sendo interessante, pra dizer o mínimo.


Um beijo e bom resto de semana!

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